quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Vídeos da Ocupação Sem Terra na área da Fepagro em Eldorado do Sul

Cozinha Coletiva











"Vão pensar que era nóis na banda"


Dona Suzana - ocupação MST



Se preparando para o mal tempo



Una milonga muy buena


segunda-feira, 31 de outubro de 2011

MST participa de programa da TV Sul 21

O integrante do MST, Carlos Mandacaru, foi entrevistado pela jornalista Raquel Duarte no programa da TV Sul 21. 


Confira a entrevista.


quinta-feira, 27 de outubro de 2011

MST mantém ocupação em Eldorado do Sul

As famílias do MST que ocupam uma área da FEPAGRO em Eldorado do Sul vão permanecer com a ocupação. A decisão foi tomada depois de uma reunião com o governo do estado, que não apresentou soluções concretas para o assentamento das famílias que estão acampadas no local.

Os trabalhadores e trabalhadoras afirmam que é possível conciliar pesquisa em arroz ecológico e assentamento, pois o MST tem acúmulo e experiência na produção orgânica e ecológica no Rio Grande do Sul. Uma prova disso são as famílias que já foram assentadas pelo Movimento, que produzem atualmente 3.800 hectares de arroz ecológico em diversos assentamentos, sem a utilização de agrotóxicos. A safra prevista para 2011 e 2012 é de 350 mil sacas.

Além disso, as famílias seguem exigindo o cumprimento do acordo firmado em abril deste ano pelos governos federal e estadual de assentar as mil famílias que estão acampadas hoje no RS. Até o momento, nenhuma família foi assentada.  

Acampados do MST em Eldorado do Sul e governo do estado realizam reunião

Representantes das famílias que participam da ocupação na área da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro) se reúnem com o governo do estado a partir das 10hs de hoje. A reunião será na Secretaria de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo e terá a participação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

Na reunião, o MST vai tratar da pauta de reivindicações das famílias acampadas. Como a desapropriação de terras do estado que não cumprem a sua função social de realizar pesquisas em benefício dos gaúchos. As famílias reafirmam que a área da FEPAGRO em Eldorado do Sul deve ser destinada para a criação de um assentamento que irá beneficiar parte das mil famílias acampadas hoje no Rio Grande do Sul.

O MST reafirma que irá resistir a qualquer forma de pressão para despejo das famílias no local ocupado em Eldorado. Os acampados também afirmam que não sairão da área até que o governo do estado e o INCRA anunciem o assentamento das famílias. Em abril deste ano, o governo assinou um acordo de assentar 550 famílias até setembro, mas até agora não fez nada. Além disso, há três anos não é criado nenhum novo assentamento.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

MST ocupa terra improdutiva do governo e promete resistir à reintegração de posse

Por Camila Queiroz

Da ADITAL – Notícias da América Latina e Caribe

30 famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam na manhã da segunda-feira (24) uma área de 480 hectares da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), que não vinha cumprindo sua principal função, desenvolver pesquisas. As terras ficam no município de Eldorado do Sul, estado do Rio Grande do Sul, onde há três anos não é criado nenhum novo assentamento.
Em contato com o movimento, o governo do Estado se comprometeu a marcar reunião para debater o caso, porém, preferiu pedir ação de reintegração de posse. Frente a isto, o MST anuncia que irá resistir até que as mil famílias acampadas em todo o Estado tenham acesso a terra.

"Despejar é tratar como caso de polícia uma questão que é social, por isso vamos resistir, já estamos fazendo barricadas. O governo ainda disse à imprensa que não tem resolução para o nosso caso; nos ofereceu no mês passado uma área desprivilegiada de 350 hectares, onde famílias já estão acampadas, mas que não é suficiente para resolver o problema da terra. Leva a reforma agrária a passo de tartaruga, em abril prometeu assentamento para 550 famílias e não fez nada até agora”, denunciou João Paulo da Silva, membro da coordenação do MST no estado do Rio Grande do Sul.

O militante destaca que não há nenhuma cultura plantada em boa parte da área da Fepagro, nem pesquisas, que seria o propósito das terras. Ao invés disso, 130 hectares de terra pública são arrendados há mais de 17 anos para plantação de arroz convencional, fazendo-se fumigação aérea de agrotóxicos.

Em carta, o MST critica o uso de agrotóxicos, informando que as aplicações ocorrem nas proximidades do Assentamento Conquista Nonoaiense e a Vila Progresso. "É sabido que o uso de agrotóxicos causa prejuízos à saúde humana, como o desenvolvimento do câncer, depressão e outros problemas”, alerta o movimento, explicitando que a população corre perigo.

O governo afirmou ainda que pretende desenvolver pesquisas com arroz ecológico. Frente a isto, João Paulo ressalta que o MST já trabalha com esta cultura e seria ideal uma parceria. "As famílias do MST já detém esse conhecimento, então queremos que seja feito um assentamento na área e haja uma parceria para pesquisas”, declarou.

Segundo o movimento, a proposta foi bem recebida pelo diretor da Fepagro de Eldorado do Sul, Maurício Dasso, que admitiu que parte da terra está sendo arrendada e demonstrou interesse em ceder a área para pesquisa em arroz ecológico.

O MST argumenta que, caso seja criado assentamento no local, toda a comunidade será beneficiada, pois terá acesso a alimentos baratos e saudáveis.

Apenas no Rio Grande do Sul, 400 famílias do MST que já foram assentadas produzem atualmente 3.800 hectares de arroz orgânico, produção destinada à merenda escolar e cestas básicas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A safra prevista para 2011 e 2012 é de 350 mil sacas.

Vídeo sobre a ocupação do MST em Eldorado do Sul

Assista ao vídeo produzido por La Integracion Radion e Tv Web sobre a ocupação do MST na área da FEPAGRO em Eldorado do Sul



terça-feira, 25 de outubro de 2011

Carta aberta de denúncia sobre a área da FEPAGRO em Eldorado do Sul

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST – ocupa uma área da Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (FEPAGRO). A terra, de 480 hectares, foi ocupada no dia 24 de outubro pois não está cumprindo a sua função social de desenvolver pesquisas que beneficiem a população do Rio Grande do Sul.
 
* Dos 480 hectares da área, 130 estão sendo arrendados ilegalmente há 17 anos. Diante disso, denunciamos que:

a) a área é arrendada para a plantação de arroz convencional;
b) nessa lavoura é aplicado agrotóxico com a utilização de avião;
c) as aplicações de agrotóxicos e venenos ocorrem próximas ao Assentamento Conquista Nonoaiense e a Vila Progresso. É sabido que o uso de agrotóxicos causa prejuízos á saúde humana, como o desenvolvimento do câncer, depressão e outros problemas;
d) constatando que o arrendamento de terras públicas é ilegal, questiona-se: quem fica com a renda da plantação de arroz?
e) a FEPAGRO não tem projeto de pesquisa para as suas áreas no estado que em geral estão abandonadas. Uma prova disso são as ocupações realizadas pelo MST e MAB em Vacaria e em Eldorado;
f) o governo do estado não apresenta soluções imediatas para o assentamento das mil famílias acampadas. Em abril deste ano o governo assinou um acordo de assentar 550 famílias até setembro, mas até agora não fez nada. Além disso, fazem três anos que nenhum novo assentamento é criado no estado;
g) o diretor da FEPAGRO de Eldorado do Sul, Maurício Dasso, admitiu que a terra está sendo arrendada e manifestou interesse em ceder a área para pesquisa em arroz ecológico. Ele afirmou que a pesquisa com arroz ecológico não é empecilho para criar assentamento no local;
h) Considerando que a maior produção de arroz ecológico no RS é das famílias do MST, a melhor maneira de realizar esse projeto é com a criação de um assentamento no local.

* Diante da situação dessa área: ilegalidade, não cumprimento da sua função de pesquisa e prejuízo às famílias da região, propomos:

a) que a área seja destina à Reforma Agrária, garantindo assim a produção de alimentos orgânicos, sem uso de agrotóxico. Ao invés de beneficiar somente um arrendatário, a área vai beneficiar cerca de 30 famílias acampadas que precisam de terra para trabalhar, bem como a comunidade local, que poderá adquirir alimentos baratos e saudáveis;  
b) as famílias assentadas no RS, depois de lutarem com o MST, produzem atualmente 3.800 hectares de arroz orgânico. A safra prevista para 2011 e 2012 é de 350 mil sacas. A produção de 400 famílias é distribuída para a merenda escolar e cestas básicas da CONAB. O volume da produção orgânica garantiu às famílias conquistarem uma unidade de beneficiamento de sementes em Eldorado do Sul;
c) ao serem assentadas nessa área em Eldorado, os trabalhadores e trabalhadoras passarão a fazer parte dessa conquista, já que o MST é a única organização com experiências concretas na produção de arroz.

As 200 pessoas que ocupam hoje a área em Eldorado do Sul permanecerão acampadas até que o governo apresente uma solução definitiva com relação a essa área e ao assentamento imediato das mil famílias acampadas no estado. Reiteramos que a luta do MST é por terra e liberdade para trabalhar, produzindo alimentos saudáveis para o povo brasileiro.

Assinam esta carta as famílias acampadas do MST no Rio Grande do Sul